Ele passa despercebido de todos. É a sua natureza,
é o seu jeito de ser. No silêncio dos instantes de dor ele se faz presente com
um pequeno recipiente de cristal, para recolher lágrimas.
Onde há uma dor humana ele aí está, acompanhado do
seu “lacrimário”. E quando lágrimas semeiam o rosto e se derramam pelo coração
de alguém, mansamente abre o “lacrimário”, recolhe as lágrimas, fecha-o com cuidado,
e o coloca na fenda do seu peito.
Aí ocorre algo extraordinário! Se aquele pranto for
de aceitação e de fé, suas lágrimas mudar-se-ão em diamantes, que passarão a
refletir o coração do Colecionador. E esse será o seu tesouro.
Em vista disso, “não jogue fora suas lágrimas”! Espere! Ele se encontra em você. Mas
se elas forem lágrimas de inaceitação e revolta... Mesmo assim, se você as
entrega, colocando-as em seu “lacrimário”, o Colecionador realizará o milagre.
E então os diamantes refletirão a sua face na Face dele, porque ele sabe o que
é a dor.
Antonio Luiz Macêdo
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