Os melindres de cada dia

Há pessoas altamente sensibilizáveis. Seu poder de auto-piedade é tanto, que se torna asfixiante frente a auto-estima, em qualquer nível. Daí a dificuldade de relacionamento com estas pessoas, porque são do tipo que você tem de medir antes as palavras, os gestos e até a expressão dos seus sentimentos e emoções.

Na verdade, diante de tais pessoas você nunca está totalmente livre. Se verbaliza um elogio, elas tomam como deboche; se tece algum comentário despretensioso,  tomam como se fosse para si; se o cumprimento é acompanhado de um sorriso, já desconfiam  e tratam como caçoada; consultadas para emitir um parecer qualquer, esquivam-se porque não se acham capazes.

Os melindres – fruto das sensibilizações – trazem o gosto amargo da inveja, embutido e embotado no inconsciente e no coração de quem os carrega.

Trabalhar a auto-estima e procurar uma ajuda adequada à situação , é o primeiro passo para sepultar de vez a auto-piedade, e banir da sua vida o ‘não me toques’.

Depois... Bem! Depois... Fica muito mais fácil relacionar-se, visto que o mel dos melindres não lambuza mais.

Antonio Luiz Macêdo

O segredo das pequenas coisas

Não se engane, pensando que o amor se nutre de ostentação e grandeza. Alimentam-se desses ingredientes, o orgulho e a vaidade que carregamos em nós.

Como Deus, o amor é simples, e nutre-se da simplicidade e singeleza que se revelam nos pequenos gestos, nas pequenas coisas. Sabe por quê? Porque guardam e evocam o segredo da intimidade.

Existe algo mais significativo do que uma declaração de amor no guardanapo do restaurante? Ou o beijo batonizado no espelho do banheiro, acompanhado de ‘EU TE AMO’? Ou ainda a entrega do chocolate, seguida da frase: “LEMBREI DE VOCÊ’? Ou também o bilhetinho colocado no chinelo, com um pedido de perdão? Ou um telefonema só pra dizer: ‘ESTAVA COM SAUDADE. QUERIA APENAS OUVIR A SUA VOZ’?

São as pequenas coisas do dia-a-dia que constituem o cardápio do amor. Sirva-se! E alimente o seu coração.

Antonio Luiz Macêdo

Creia em Deus!

Paulo diz: ”Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Você crê nisso? João define:”Deus é amor”. Você crê? O profeta confirma: “Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os rios não te submergirão”. Você acredita? O salmista proclama; “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo”. Você tem certeza disso? O próprio Senhor fala: “Eu sou aquele que é”. Você acolhe estas palavras?

Se você respondeu a todas as indagações com um “sim”, por que ainda teima em construir sua “segurança” sobre os bens que ficam, o poder que passa, e o prazer que não sacia?

Portanto, não se deixe enganar pelas seduções do mundo. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça”– diz o Senhor. Ele que é o Deus dos vivos, e não dos mortos.

Antonio Luiz Macêdo

A bênção dos pais

“A bênção papai. A bênção mamãe”. “Deus te abençoe”. “Deus te dê saúde”. Deus te guarde!” “Deus te dê fortuna”. E a gente ia dormir abençoado e, ao acordar, era abençoado outra vez. Essa rotina foi plantada em nossos corações.

Casei, e trouxe a bênção para os meus filhos. “A bênção, painho!” “A bênção, mainha!” “Que o Senhor te abençoe e te guarde, te mostre a sua Face e te dê a paz!”-respondemos, Aldinha e eu. E até ao sair ou ao chegar, eles nos pedem para que os abençoemos.

Se a bênção dos pais se derramasse sobre os filhos, a família seria bem melhor. É necessário que esta tradição não se perca nos dias de hoje, sufocada pelos apelos de um mundo paganizado e hedonista, onde o ter sobrepuja o ser, e a bênção tem gosto de beatice.

A bênção dos pais é um penhor para os filhos, porque nós abençoamos em nome de Deus. E mesmo que não peçam a bênção... Abençoe-os. Deus também os abençoará.

Antonio Luiz Macêdo

“Perdoai-nos as nossas ofensas”

Esta é uma das petições da oração que Jesus ensinou. Se parasse aqui, por certo nos alegraríamos muito; mas existe uma condição. E é ela que nos incomoda profundamente. Quando pedimos a Deus que nos perdoe pelas ofensas cometidas, ele somente nos perdoará se perdoamos a quem nos ofendeu.

A condição se torna difícil porque o orgulho e o amor-próprio endurecem o nosso coração. Se víssemos o perdão pela ótica libertadora, tornar-se-ia muito mais fácil perdoar.

Quando perdoamos, somos libertos de correntes e grilhões que nos aprisionam a nós mesmos, e nos prendem a quem nos tem ofendido.

Somos livres para perdoar ou para continuar escravos. A escolha é sua. Eu, por mim, decido pelo perdão.

Antonio Luiz Macêdo

Qual o tamanho da sua fé?

Vejo pessoas a todo tempo, preocupadas com o tamanho da sua fé. São mais ou menos como os discípulos que, certa vez, pediram para que Jesus aumentasse a fé em seus corações. Talvez houvessem esquecido o que o mestre falara dias antes: ‘Se tiveres fé do tamanho de um   grão de mostarda...’

Nós já assimilamos que se mede a fé pela quantidade, mas o que Jesus nos ensina é que ela deve ser mensurada pela qualidade. Basta-nos a fé do tamanho de um grão de mostarda. Nada mais. Se para Jesus é o suficiente, também é para nós. É o que ele precisa, e nós precisamos.

Antonio Luiz Macêdo

Andar na contra mão

A nossa caminhada como cristãos tem de ser realizada pela contramão da vida e da história. Da maneira que o mundo sinaliza através dos semáforos do ter, do poder e do prazer, jamais alcançaremos nossa meta. O Reino de Deus traz em si uma marca fundamental: o desapego; desapegar-se de contra valores, para abraçar os valores eternos, é andar na contramão.

Não tenhamos medo! Quem perde, ganhará; quem chora, sorrirá. O contraste será a nossa maior marca. É necessário que nos vejam como pessoas diferentes que ‘estão no mundo, mas não são do mundo’. Andar na contramão para dar testemunho de Jesus, constitui o nosso ideal. É um desafio que se nos apresenta, e deve ser enfrentado de pés no chão e olhos no céu.

Antonio Luiz Macêdo

 Deus abençoe você, e um

Por que tanta pressa?

Parece-nos que o ativismo em que vivemos se manifesta claramente na nossa maneira de agir e de pensar. Sim, agimos primeiro e pensamos depois. Ou seja, desprendemos energia física e poupamos energia psíquica. Poupança desgastante e infrutífera semeada em nossos corações pelos apelos do mundo.

Se prestássemos mais atenção às palavras de Jesus, por certo não cansaríamos tanto, visto que, também, não correríamos tanto, querendo viver hoje, sempre o amanhã. Jesus nos diz: “A cada dia basta o seu cuidado”. Se não nos pré-ocupássemos com o dia seguinte, viveríamos mais e cansaríamos menos. E é isto que Deus quer.

Antonio Luiz Macêdo

Deus abençoe você, e um excelente dia em Jesus.