ENFRENTAR A VIDA - LIVRE E DE PEITO ABERTO - DEVE SER A META DE TODOS NÓS CRISTÃOS. (O Aprendiz)







domingo, 31 de julho de 2016

A lagartixa



Esse animalzinho do grupo dos lacertílios apresenta uma característica bastante interessante. Ao perder a cauda é ativada a sua capacidade de regeneração; e dentro de poucos dias, uma cauda nova substitui a antiga.

Você poderá estar pensando: “Ah, se eu tivesse essa capacidade! Qualquer membro que eu perdesse não seria mais causa de preocupação!”

A sua capacidade de regeneração não se encontra em você, mas fora de você. E ela tem a propriedade de restabelecer a graça perdida, decepada, pelo pecado. É a maior, a mais fantástica e essencial de todas as regenerações, porque restaura a comunhão com Deus.

Ela é realizada na alma de maneira simples e eficaz. Basta procurar um sacerdote, acusar os pecados, arrepender-se... e pronto! Com a absolvição dada, a graça é regenerada automaticamente.

Essa capacidade de regeneração vem de Deus. Portanto, deixe que a lagartixa louve o Senhor assentindo com a cabeça e balançando a cauda regenerada; você glorifique ao Senhor com os sentimentos da alma e palavras do coração.

Antonio Luiz Macêdo

sábado, 30 de julho de 2016

O Colecionador



Ele passa despercebido de todos. É a sua natureza, é o seu jeito de ser. No silêncio dos instantes de dor ele se faz presente com um pequeno recipiente de cristal, para recolher lágrimas.

Onde há uma dor humana ele aí está, acompanhado do seu “lacrimário”. E quando lágrimas semeiam o rosto e se derramam pelo coração de alguém, mansamente abre o “lacrimário”, recolhe as lágrimas, fecha-o com cuidado, e o coloca na fenda do seu peito.

Aí ocorre algo extraordinário! Se aquele pranto for de aceitação e de fé, suas lágrimas mudar-se-ão em diamantes, que passarão a refletir o coração do Colecionador. E esse será o seu tesouro.

Em vista disso, “não jogue fora suas lágrimas”! Espere! Ele se encontra em você. Mas se elas forem lágrimas de inaceitação e revolta... Mesmo assim, se você as entrega, colocando-as em seu “lacrimário”, o Colecionador realizará o milagre. E então os diamantes refletirão a sua face na Face dele, porque ele sabe o que é a dor.

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Antídotos de um coração



Você é dessas pessoas que se alimenta de raiva, rumina agressividade e vomita xingamentos? A adrenalização do corpo, nestas circunstâncias, constitui um fator grave e desencadeante de infarto, hipertensão e AVC. Você sabia?

Ou você é do tipo de pessoa que adrenaliza a alma e o coração? O orgulho desencadeia a auto-suficiência, a arrogância e a prepotência, levando-o a enxergar apenas a si mesmo, numa manifestação de egolatria destruidora.

Neste mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, você é convidado, você é convidada a matricular-se na Escola desse Coração Divino. Lembrando somente que a taxa de adesão é o seu “sim, eu quero participar desta Escola”.

Agora, já matriculado, anote a primeira e única lição: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e tereis repouso para vossas almas”.

Agressividade, raiva, ira, orgulho, vaidade, determinam pesos insuportáveis para o corpo e para a alma. Nesta lição tão simples - e tão essencial - Jesus nos ensina a atingir a tranqüilidade, a paz e a serenidade, tomando posse dos antídotos do seu coração e vivenciando seus efeitos maravilhosos no dia-a-dia.

Mansidão e humildade são os frutos de um coração traspassado na cruz. Frutos que nutrem e fortalecem a alma.

Antonio Luiz Macêdo

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O Espírito Santificador



No encontro com a mulher da Samaria, Jesus profere: “Se conhecesses o dom de Deus...” (Jo 4,10).  Alusão direta ao Espírito Santo.

Ele está presente nos primórdios da Criação: “O Espírito de Deus pairava sobre as águas”. (Gn 1,2)

Encontra-se na Lei: “Eu o enchi de um espírito divino para dar-lhe sabedoria, inteligência e habilidade para toda sorte de obras”. (Ex 31,3)

Derrama-se pela imposição das mãos: “Josué, filho de Nun, ficou cheio do Espírito de Sabedoria, porque Moisés lhe tinha imposto as suas mãos”. (Dt 34,9)

Inunda os Profetas: “O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção.” (Is 61,1)

Na cruz é entregue de volta ao Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” (Lc 23,46)

Em Pentecostes se derrama sobre os discípulos em forma de línguas de fogo e eles “Ficaram todos cheios do Espírito Santo”.

Você tem o desejo de ser iluminado? Peça ao Senhor o Espírito Santo. “Pedi e recebereis.” (Mt 7,7)
Você sente o impulso de procurá-lo? É Jesus quem diz: “Buscai e achareis.” (Mt 7,7)
Você quer encontrá-lo? “Batei e a porta abrir-se-vos-á.” (Mt 7,7)

Antonio Luiz Macêdo

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Solução saturada



Tome um copo de vidro transparente e coloque água até uns dois dedos antes da borda. Daí vá colocando e mexendo, uma colherinha de chá de açúcar. À medida que você vai colocando e mexendo, o açúcar vai dissolvendo e ocupando os “espaços” entre as moléculas de água. Mas chega um ponto em que ele se deposita no fundo do copo, e mesmo com todo o seu esforço para dissolvê-lo, não conseguirá. Quando isso acontece, temos a solução saturada. Os espaços entre as moléculas de água não comportam mais as partículas do açúcar.

Ah se nossa alma tivesse a característica dessa solução! Embebida, encharcada, saturada de Cristo para levá-lo ao mundo inteiro, nas nossas palavras, nos nossos gestos, em nossa vida. Aí desapareceria da nossa reflexão esse tipo de questionamento: “Por que o mundo não é melhor”? E cada um saberia dar a resposta adequada.

E você que lê esse conta-gotas agora, saberia responder? Não? Não sabe? É simples: “Porque você não é melhor”.

Portanto, sature-se de Jesus para saturar o mundo. Ele é a única solução.

Antonio Luiz Macêdo

terça-feira, 26 de julho de 2016

A pedra



Um dia desses vi-me percorrendo o leito pedregoso de um rio. Vez por outra uma pedra pontiaguda me surpreendia, machucando e ferindo meus pés.

Já andava há algum tempo quando uma pedra chamou-me a atenção. Nela não havia algo de extraordinário, apenas a sua forma arredondada. Apanhei-a e coloquei-a na palma da mão. Nesse instante senti que alguma coisa ferira o meu pé direito. Abaixei-me e retirei. Era uma pedra abarrotada de estruturas cortantes. Junte-a à outra, e continuei o caminho.

Observando as duas pedras na mão, veio-me um questionamento: “Por que a primeira era tão lisinha e a outra tão cortante, se estavam no leito do mesmo rio”?

A resposta me veio ao olhar para as pessoas. Observe que as mais doces foram “adocicadas” pelo acolhimento das provações e tribulações; enquanto que as mais amargas amargam a revolta da inaceitação, e por isso cortam, ferem, machucam.

Enquanto o rio de sua vida não for atingido pelas enchentes devastadoras, aproveite e retire as pedras cortantes de seu coração. Elas apenas produzem dor.

Antonio Luiz Macêdo

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A parte do todo



É curioso pensar e refletir sobre essas coisas. Torna-se salutar também, porque nos conscientiza a respeito do papel que desempenhamos no mundo.

Quando falamos da parte de um todo, entendamos como segmento inserido dentro de um contexto, de uma realidade concreta e palpável; e não, isolado e desvinculado do todo. É assim que necessitamos nos ver. A parte do todo é cada um de nós. E no nosso caso algo de extraordinário ocorre. Já deu pra perceber?

Somos parte de um Todo que é Tudo; e por ele, com ele e nele, “vivemos, nos movemos e existimos”. Não constituímos uma parte qualquer; mas somos imagem e semelhança do Todo. Tendo o Todo temos tudo; sem o Todo somos nada.

Por conseguinte, você e eu, nós, não somos parte do Todo - como um pedaço de bolo é parte do bolo. Antes, somos criação dele. E como criaturas – não como porção – trazemos o Todo em nós. Dessa forma, cada um de nós como filho único, exultante poderá exclamar: “Obrigado, Senhor, pela parte que me toca”.

Antonio Luiz Macêdo

domingo, 24 de julho de 2016

A “noite” do deserto


 Há duas maneiras de se realizar essa travessia: a forma SOLIDÁRIA, e a SOLITÁRIA. Em ambas, a presença de Deus e dos irmãos é visível e significativa. Se assim é, qual a diferença entre elas?

Na travessia SOLIDÁRIA o caminhante encontra-se mergulhado em Deus a cada passo, colhendo pelo caminho frutos de humildade, doçura, alegria, paz e confiança, que são partilhados com os irmãos.

Na travessia SOLITÁRIA o caminheiro encontra-se mergulhado em si mesmo, e por isso colhe pelo caminho frutos de orgulho, amargura, tristeza, inquietude e desesperança, que não podem e nem devem ser partilhados porquanto provêm do egoísmo e do egocentrismo do seu coração.

Na travessia SOLIDÁRIA Deus caminha com você; na travessia SOLITÁRIA você caminha com a própria solidão – você com você mesmo.

Não sei em qual situação você se encontra; não vislumbro que tipo de ‘noite’ o envolve agora; não faço a menor idéia do que se está passando na sua alma. De uma coisa apenas tenho a certeza: você terá que fazer a travessia do deserto. A escolha é sua. Os frutos estão por aí. A colheita depende da escolha. Se fosse eu...

Antonio Luiz Macêdo

sábado, 23 de julho de 2016

O sol e a lua



Conta-se que na primeira noite da criação a terra estava em trevas. A lua revelava a sua impotência diante da situação. Nesse instante, o sol aproximou-se e gentilmente tocou-a.
- O mundo espera pelo teu brilho! – disse ele.
- Não tenho luz. – respondeu.
- Nas noites da terra, a minha luz será a tua luz.
E nessa mesma noite o céu esteve totalmente iluminado.
Em gratidão, a cada sete dias, a lua toma uma veste diferente em homenagem ao astro-rei. E brilha, no azul do firmamento, refletindo o sol que a ilumina.

Que luz você reflete no seu dia-a-dia e na sua noite-a-noite? A luz de um brilho opaco e efêmero, ou a luz que aquece sem queimar, e brilha sem incandescer?

Certa vez, Jesus exclamou: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. De outra feita – no Sermão do Monte – ele diz: “Vós sois a luz do mundo”. Quando nos deixamos iluminar pela verdadeira luz, tornamo-nos luz com ela. Jesus é a minha luz, a sua luz, a nossa luz. Por isso, temos de refletir essa luz, como a lua reflete a luz do sol. E refleti-la, sobretudo, nas noites das provações. Essa será a nossa homenagem, nosso louvor, nossa ação de graças ao Senhor da luz, “para que brilhe a nossa luz diante dos homens, e eles glorifiquem o Pai que está nos céus”.

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 22 de julho de 2016

O troco da troca



Há alguns dias, uma feira de automóveis usados me chamou bastante a atenção. Não pela feira em si, mas pela proposta de marketing: “Na troca, leve o troco”.

E eu fiquei matutando. “Para receber o troco só haveria uma possibilidade: trocar um carro mais novo por um mais antigo”.

Minha pergunta é: “Você teria essa coragem? Entregaria seu carro 2008 e sairia da feira num carro 2005, somente para receber o troco? E por que você trocou sua Vida Nova pela vida velha, marcada pelas dores de tudo o que você já passou?”

Lá na feira, o troco poderá ser vantajoso, não a troca. Mas na vida espiritual, tanto o troco quanto a troca, são uma verdadeira desgraça.

Portanto, o troco da troca determina uma grande diferença. É necessário que estejamos sempre atentos, em estado de alerta e vigilantes, para que não sejamos surpreendidos por uma troca onde o troco não valeu a pena.

Aperceba-se que a troca da Vida Nova pela vida velha, tem como troco a morte. Interessa?

Antonio Luiz Macêdo

quinta-feira, 21 de julho de 2016

O sentido da direção



Em física nós aprendemos que o vetor é um segmento de reta definido por três características básicas: módulo, direção e sentido.
O módulo é a distância percorrida entre dois pontos. A direção pode ser horizontal, vertical ou inclinada. O sentido é determinado pela seta colocada em uma das extremidades do segmento de reta que indica se é da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de baixo para cima ou de cima para baixo. Com isso, o vetor tem a sua identidade.

Somos vetores de Deus. Eu lhe pergunto: a distância que você percorreu até aqui valeu a pena, ou não? O que há com o módulo de sua vida?
A direção que você tomou é aquela que o mantém deitado, em pé ou inclinado, com um pé aqui e outro lá?
E o sentido que você dá ao seu jeito de viver, aponta para as coisas da terra ou para os valores do céu?

Necessitamos desses questionamentos. É deles que extraímos os verdadeiros ensinamentos para uma mudança de módulo, de direção e de sentido da nossa existência. Portanto, se o sentido da direção permanecer equivocado, a própria direção da vida perderá o sentido. E sem sentido, a vida far-se-á caos.

Antonio Luiz Macêdo



quarta-feira, 20 de julho de 2016

O silêncio que tem nome



 Você é dessas pessoas que ao entrar no carro ou em casa já vai ligando o som, a televisão, o dvd? Se assim for, de certa forma há uma demonstração inconsciente do seu medo do silêncio.

O mês de maio é dedicado a Nossa Senhora. E por que não dizer também, ao silêncio? Maria é a personificação do silêncio fecundo, do silêncio orante. A Bíblia nos diz que ela “guardava tudo para meditar em seu coração”.

Não há relacionamento com Deus fora do silêncio, da introspecção, da meditação. O barulho do mundo nos sufoca, nos torna surdos aos apelos para silenciar. E no entanto é necessário, é significativo que paremos e silenciemos para escutar o coração.

Maria é a Mestra do silêncio. Nela as palavras só ganham sentido depois de passarem pelos filtros de sua alma e do seu coração. A sua vida contemplativa ganhou raízes profundas na quietude de sua voz. As poucas palavras pronunciadas nos fornecem a dimensão exata da fecundidade do seu silêncio: “Como se fará isso, pois não conheço homem?“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” “Shalom!” “Minha alma glorifica ao Senhor.” “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição.” Eles já não têm vinho.” “Fazei o que ele vos disser.”

Que Maria nos faça homens e mulheres silentes, para a glória de Deus Pai.

Antonio Luiz Macêdo

terça-feira, 19 de julho de 2016

Quando o cão vira um gatinho



O que é o temperamento, senão um cão de guarda que convive conosco as 24 horas do dia? E por que – sendo irracional – manifesta tanto poder, a ponto de vigiar-nos, cercar-nos, dominar-nos e acorrentar-nos, quando estas atitudes deveriam partir de nós?

Tudo depende do alimento que o oferecemos. O seu prato predileto consiste nos derivados da soberba – orgulho, vaidade, presunção arrogância, prepotência... Quando alimentado dessas iguarias ele fortifica-se mais e mais, tornando-se invencível.

Proponha uma dieta rigorosa e passe a alimentá-lo com os derivados do amor, principalmente a humildade e o perdão. Logo, logo, você sentirá os efeitos benfazejos. De agora em diante é você que o vigiará, o cercará, o dominará e, por fim, o acorrentará.

E quando tudo isso se fizer, o velho cão de guarda não passará de um gatinho angorá. Aí não haverá mais necessidade de domador, porque o gatinho é dócil. E os dois conviverão pacificamente.

Antonio Luiz Macêdo

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O personagem e o original



 Das características herdadas do original, Walter Lantz – desenhista americano criador do pica-pau – apenas uma é, sem sombra de dúvida, verdadeira. As outras três, além de sórdidas e malévolas são intrinsecamente virulentas, determinando contágio visual e auditivo: egoísmo, agressividade e “esperteza” (levar vantagem em tudo).

A história de sua criação se deve ao fato de um incidente na lua-de-mel do desenhista, na qual um pica-pau passou a noite inteira bicando o madeirame do chalé que haviam alugado no Lago Sherwood. Daí ele extravasar para o seu personagem as três características que levava em seu coração.

Mas, se a única variante equilibrada estava direcionada para a persistência no mal, esta variante no original serve de exemplo para cada um de nós, e poderemos denominá-la de constância, persistência ou determinação.

O pica-pau, quando faminto, adquire a capacidade de dar 100 bicadas por minuto no tronco de uma árvore, em busca de larvas de inseto para alimentar-se. E não pára até encontrar. Se não encontra ali, voa para outra árvore.

Possuidores da fome de Deus que nos devora, deveríamos seguir à risca o ensinamento desse pequeno pássaro. A determinação é um fruto da vontade. Basta querermos, porque a Fonte mora em nós.

Antonio Luiz Macêdo
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domingo, 17 de julho de 2016

A Providência previdente



“Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento”. (Mt 10,9-10)

Aos nossos ouvidos, estas ordens de Jesus aos enviados em missão tornam-se dissonantes e destoantes da realidade. É praticamente impossível dr cabo de uma missão assim.

Com todas essas diretrizes, Jesus está dizendo: “Levem apenas o necessário”. Sabe por quê? O necessário os manterá ocupados; enquanto que o supérfluo os deixará preocupados.

Na volta a alegria incontida, sinal da missão realizada. Deus sabe. Deus conhece a cada um de nós. E mais do que isso, a Providência pré-vê, vê antes., e pró-vê, nem sempre ao nosso favor, mas sempre em favor da nossa salvação. Por isso, quando as dificuldades e a provações baterem à sua porta, acolha-as com amor, sabendo que é com amor que Deus cuida da salvação de sua alma.

A Providência providencia tudo. É uma questão de fé. Só não podemos esquecer uma coisa: Deus faz aquilo que o homem não pode fazer. Afinal de contas, Ele é o Deus do impossível.

Antonio Luiz Macêdo

sábado, 16 de julho de 2016

A Preguiça da preguiça



 Estudiosos do bicho-preguiça analisando o seu cérebro, chegaram a esta conclusão inédita: proporcionalmente ao tamanho do corpo, equivale a um caroço de azeitona, pesando em torno de 0.005g. dorme sempre dezoito horas por dia, e seu pescoço faz um giro de 180°, não necessitando de mexer o corpo para observar alguma coisa.

Você conhece alguém com estas características? Apesar de um cérebro que representa 2% do tamanho do corpo, e pesando em torno de 1.400g, vive e age como o bicho-preguiça.

Os zoólogos explicam o fenômeno do pequeno cérebro, dizendo que, como o bicho só se alimenta de folhas, não haveria necessidade de um cérebro maior.

Claro que isso não se refere a você. Mas por que você cultiva tanto a Preguiça? Pelo tamanho e peso do cérebro está comprovado que não é. Pelo giro do pescoço, também não. Pela alimentação, menos ainda. E então?

São Paulo grita aos ouvidos dos que agem assim: “Desperta, tu que dormes!”  E o livro de Provérbios exorta: “Até quando, ó preguiçoso, dormirás? Quando te levantarás de teu sono? Vai ter com a formiga, observa seu proceder e torna-te sábio”.

Mata em ti a Preguiça, porém, deixa o bicho-preguiça viver.

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O mergulho do falcão



Dentre as aves de rapina, o Falcão Peregrino destaca-se como o maior recordista de velocidade no mergulho em direção à sua presa, podendo alcançar a incrível marca dos 271 km/h. Que rapidez!

E eu fico aqui pensando: se impulsionados pela fome de Deus que bate à porta do nosso coração, mergulhássemos nas águas do Espírito, que velocidade haveríamos de alcançar! E essa fome seria então saciada pelos frutos do mesmo Espírito, e depois mataríamos a sede bebendo da água de sua Graça.

“O que nos falta?” Disposição e, principalmente, coragem para mergulhar. O mundo parece ter medo de Deus, medo da vida, medo do desafio; enquanto os homens vão mergulhando cada vez mais profundamente nas suas águas poluídas e fétidas.

O Falcão Peregrino está aí nos dando uma bela lição. Se Deus capacita uma ave de rapina para que realize tal proeza, quanto mais a nós filhos e filhas, amados, escolhidos e eleitos.

A fome de Deus é grande, a sede é ainda maior. Não tenha medo! Prepare-se! É hora do mergulho! Tchibuuuuummm.

Antonio Luiz Macêdo

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Crucificado



 No capítulo segundo da carta de São Paulo aos Filipenses, e versículo 8, encontramos que “Jesus tornou-se obediente até a morte, e morte de cruz. Ou seja: ele foi morto pregado na cruz, crucificado.

A imaginação de pintores, escultores, artistas plásticos, compuseram três modelos do Crucificado.

No primeiro deles, Jesus está de braços abertos, mas sem a cruz. O Crucificado sem a cruz é utopia.

No segundo, a cruz está vazia. A cruz sem o Crucificado, é alegoria.

No terceiro, o Crucificado está na cruz. Aí é Salvação.

Há os que optam pelo primeiro modelo. Estes têm medo e por isso, fogem da cruz. Outros escolhem o segundo. Na concepção deles uma cruz mais leve. Enquanto poucos abraçam o terceiro. E é dali que germina a verdadeira vida.

Qual a sua escolha? O tempo é hoje, o momento é agora.

Antonio Luiz Macêdo

quarta-feira, 13 de julho de 2016

As enzimas da alma



 É interessante o que sucede com o urubu. Depois de alimentar-se de podridão, ele voa até determinada altura da atmosfera, demora o tempo necessário para que as enzimas responsáveis pela digestão sejam ativadas, e ele continue sadio e forte, livre das tremendas infecções intestinais.

Maior podridão do que o pecado não há. E como nos alimentamos dele! Se, pelo menos, após a alimentação venenosa e mortal, seguíssemos o exemplo do urubu, voando alto...

São Paulo nos diz: “Buscai as coisas do alto”. E é nas ‘coisas do alto’ que se encontram aqui embaixo, que temos os antídotos essenciais para que esse alimento seja digerido. São constituídos de três enzimas potencialmente ativas: a Oração, a Confissão e a Eucaristia. Não há nenhum pecado que resista à ação de tamanha eficácia! O perdão de Deus “é a força que nos capacita para não mais pecar”.

À medida que essas enzimas são ativadas com maior freqüência, mais força adquiriremos; mais consciência teremos dos malefícios que o pecado realiza em nós. São efeitos colaterais saudáveis porque as enzimas são do alto, embora as encontremos por aqui. Portanto:  Enzime-se! Vale a pena.

Antonio Luiz Macêdo

terça-feira, 12 de julho de 2016

“Quanto mais alto o coqueiro...”



 Havia em certo quintal dois coqueiros. Um deles crescera desmesuradamente, enquanto que o outro não passara dos três metros de altura. Todos os dias o mais alto insultava o menor.
- Que vês aí embaixo?
- Vejo a casinha do meu dono.
- Daqui eu vejo o prédio mais alto da cidade.
- Que estás vendo agora?
- Crianças brincando com barquinhos na chuva.
- Vejo um grande transatlântico ancorado no porto.
- E agora, o que vês?
- O fusquinha da minha patroa.
- Pobre coqueiro! Há poucos metros vejo uma limousine presidencial.

O céu escureceu. Nuvens carregadas formavam-se rapidamente. A tempestade não tardou. Um vento impetuoso investiu sobre aquela região. A destruição fora total.

Do coqueiro alto sobrou apenas a memória. O orgulhoso não sobrevive às tempestades da vida.

O outro – que não preciso mencionar o nome – permaneceu incólume, inatingível.

Com qual dos dois você se identifica? Lembre-se: quanto mais baixo o coqueiro... nem queda há.

Antonio Luiz Macêdo

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O personagem e o original



 Das características herdadas do original, Walter Lantz – desenhista americano criador do pica-pau – apenas uma é, sem sombra de dúvida, verdadeira. As outras três, além de sórdidas e malévolas são intrinsecamente virulentas, determinando contágio visual e auditivo: egoísmo, agressividade e “esperteza” (levar vantagem em tudo).

A história de sua criação se deve ao fato de um incidente na lua-de-mel do desenhista, na qual um pica-pau passou a noite inteira bicando o madeirame do chalé que haviam alugado no Lago Sherwood. Daí ele extravasar para o seu personagem as três características que levava em seu coração.

Mas, se a única variante equilibrada estava direcionada para a persistência no mal, esta variante no original serve de exemplo para cada um de nós, e poderemos denominá-la de constância, persistência ou determinação.

O pica-pau, quando faminto, adquire a capacidade de dar 100 bicadas por minuto no tronco de uma árvore, em busca de larvas de inseto para alimentar-se. E não pára até encontrar. Se não encontra ali, voa para outra árvore.

Possuidores da fome de Deus que nos devora, deveríamos seguir à risca o ensinamento desse pequeno pássaro. A determinação é um fruto da vontade. Basta querermos, porque a Fonte mora em nós.

Antonio Luiz Macêdo
Imagem Google

As gotas que contam



Há dois tipos de gotas que não se contam. Gotas que azedam a vida e os relacionamentos com rancor, mágoa, ressentimento, ódio, inveja, arrogância...
E as gotas adocicadas onde lambuza-se de elogios, despertando o orgulho e a vaidade por vezes adormecidos. Essas gotas não se contam.

Há, porém, gotas que se contam. E como se contam! Gotas amargas que adocicam o coração porque trazem consigo uma exortação, um direcionamento, um conselho, um consolo.

Ainda há outras gotas que, como o mel, tornam doce e encantam os caminhos, porquanto são portadoras de paz, alegria, bondade, disponibilidade e capacidade de amar. Essas também se contam.

Apenas um segredo: depende do conta-gotas que você usar.

Antonio Luiz Macêdo


domingo, 10 de julho de 2016

“Mais vale um pássaro na mão...”



Tenho muito receio de adágios que nos parecem oferecer certa segurança, mas que incentivam o comodismo e a incapacidade de enfrentar desafios, tornando o ser humano escravo da insegurança e do medo.

O complemento, “...do que dois voando”, se faz carregado de maior sentido do que o seu início. Tudo isso porque desabrocha a vontade de desinstalar-se, de buscar, de procurar, de esforçar-se, na esperança de realização daquilo que encontra-se dormente no interior do coração. Essas atitudes renovam as energias e favorecem o renascimento de sonhos.

A conformação que esta inverdade popular produz em nós, está em conformidade com “aquilo que o diabo gosta”.

Saia desse comodismo doentio e funesto! Desprenda-se e desapegue-se desse “pássaro” que lhe tira as forças de lutar! Mire aqueles outros dois que estão voando e traga-os também para a sua mão. Aí tudo estará certo. Três pássaros na mão porque não existe mais nenhum voando.

Antonio Luiz Macêdo

sábado, 9 de julho de 2016

O “dono” do deserto



Ele percorre de 30 a 40 km por dia na areia escaldante do deserto. E se não bastasse, transportando carga de até 250 kg. Capaz de passar quatro dias sem beber água, ou até dois dias inteiros sem se alimentar.

O que é que o camelo tem de tão especial assim? O que ele esconde por trás dos seus setecentos quilos?

Seu corpo foi projetado por Deus para acumular a maior quantidade de água possível, além de uma corcova que supre a sua necessidade alimentar em tempos de fome.

Também atravessamos desertos; e dentre o pior de todos, encontra-se o Deserto da Aridez. Durante essa travessia, dois sintomas de morte se nos acometem: a sede sem fonte, e a fome sem pão.

O camelo nos dá uma lição fabulosa e simples: “Esteja sempre preparado para a travessia. Acumule água... e siga!”

Acumular a Água da Graça na alma para alimentar o coração no tempo do deserto, é remédio seguro de ação eficaz.

Portanto, quando você vislumbrar uma pequena nuvem que paira sobre a sua vida, e um vento quente dos bandas do nascente que levanta uma poeira leve e turva, esteja preparado. A travessia vai começar. 

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A força que vem de baixo



Você seria capaz de dizer qual o animal mais forte da terra? Seria o elefante? Porventura seria o leão? Ou quem sabe, o tubarão?

É inacreditável! Mas o animal mais forte do mundo é um simples inseto. Ele é capaz de erguer oitocentos e cinqüenta vezes o valor do seu peso, medindo, em média, 45mm de comprimento. Foi denominado de “o besouro-hércules”.

Realizando uma simples proporção, uma pessoa de 50 Kg seria capaz de erguer o equivalente a 42.500 Kg, ou 42,5 ton. Aproximadamente o peso de quatro elefantes.

E você pode estar pensando: se essa força física fosse transformada em força espiritual, que maravilha seria! Impregnado dessa força eu demoliria o desânimo; esmagaria a preguiça; bombardearia sem medo o comodismo; e, por fim, sufocaria as tentações.

Há uma força, meu irmão, há uma força, minha irmã, que é infinitamente maior do que essa força que vem de baixo, porque ela é a Força que vem do alto, e faz morada dentro de você. O Espírito Santo quer fazer de você o vencedor, fazer de você a vencedora. Apenas uma coisinha só: deixe-se nutrir diariamente dessa Força, e ela fará interiormente de você, o besouro-hércules do Senhor. E aí, o mundo será bem melhor.

Antonio Luiz Macêdo

quinta-feira, 7 de julho de 2016

A lição do macaco-prego



Habitante das florestas tropicais da América do Sul alimenta-se de frutos, sementes, flores e insetos.

Em seu cardápio preferido encontra-se o coco-babaçu, fruto de uma palmeira nativa do norte e nordeste brasileiro. Revestido de casca extremamente dura, que protege as amêndoas do seu interior.

Pacientemente o macaco-prego começa a torcer o fruto no cacho. O pedúnculo é resistente. Após vários minutos de trabalho ininterrupto, o coco-babaçu cai.

Aí vem a lição. Procura uma pedra, coloca o coco sobre uma superfície dura, e começa a bater com a pedra. O trabalho é cansativo. Passa-se uma hora e ele não desiste. O fruto parece intacto. Ele vai em frente. A pedra é levantada e... poct, poct, poct. É uma sucessão seqüencial e interminável de pancadas. Descansa. Está exausto. Mas continua. Seu objetivo vale muito mais do que o seu cansaço.

Finalmente, após quatro ou cinco horas de peleja, os frutos do seu desgaste e do seu cansaço estão ali: as amêndoas fresquinhas e gostosas pelas quais tanto lutou.

Ah se nós, cristãos católicos de Grupo de Oração e Missa diária, assimilássemos a determinação e a perseverança do macaco-prego! Uma coisa eu sei: os objetivos da Igreja seriam todos alcançados, porque a Igreja somos todos nós.

Antonio Luiz Macêdo


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Os segredos do casulo



Enquanto houver lagartas, por certo haverá casulos. São interdependentes. Necessitam-se mutuamente, a lagarta mais do casulo, do que o casulo de si.

Quando é chegado o momento propício ela tece o seu casulo e encasula-se. É o tempo da transfiguração, da maturação.

Quais os segredos que o casulo contém, pois somente aí se dá o processo de metamorfose? Três segredos simples são responsáveis pelo milagre. Proteção, silêncio e entrrega. E depois de alguns dias a borboleta voa livre por entre as flores dos jardins.

Quantos de nós estamos precisando de uma metamorfose! Necessitando urgentemente de uma transfiguração total, de dentro para fora, que contamine o exterior! O que fazer?

Construa a cada dia o seu casulo (momento de oração, de encontro com o Senhor). Lá você estará protegido. Silencie. Aquiete-se. Entregue-se. Não são esses elementos que irão transfigurá-lo, mas é o Senhor, que através deles, realizará o milagre em sua vida.

Por isso, comece agora a tecer o seu casulo. Não tenha medo! Dentro dele não há escuridão. A luz que brilha em seu interior é a ‘Divina Luz’. E quando se cumprir o tempo, você também voará livre, não para pousar nas flores dos jardins, mas para ser acolhido nos braços do Pai.

Antonio Luiz Macêdo

terça-feira, 5 de julho de 2016

Consumir-se iluminando



Ela tem o aspecto de um cilindro de parafina que envolve um pavio parafinado.

Nas noites em que falta energia elétrica, um simples palito de fósforo, juntamente com a vela, resolve a questão da luminosidade temporária.

Contemplando uma vela acesa, nos chega ao coração a capacidade extraordinária que ela cotem de servir, de iluminar, mesmo consumindo-se inteiramente. Consumindo-se, ‘chorando’ grossas lágrimas brancas e mornas, consumindo-se e iluminando, consumindo-se e iluminando, até morrer, até o fim.

Que bela missão de um simples objeto de parafina!

Quando nós nos deixamos moldar pelo calor do Espírito Santo, ele nos tempera de tal forma que passamos pela vida feito velas, iluminando, dissipando trevas e projetando luz. Consumindo-nos para brilhar, não para nós, mas para os irmãos.

Eis o segredo: Consumir-se para si é tornar-se canal de trevas; consumir-se para o próximo é converter-se em canal de luz.

Antonio Luiz Macêdo

segunda-feira, 4 de julho de 2016

“Ser... ou ser”



Quando Jesus diz: “Vós sois o sal da terra’”, entenda-se como está. É ser sal mesmo. Por quê?

Ser sal tem a ver com calor, evaporação e vento, intempéries imprescindíveis, necessárias, durante a sua extração. Processo que não apresenta duração definida, porquanto está sujeito às condições do tempo, e é finalizado com a cristalização.

Jesus nos quer sal puro. E essa pureza somente acontece quando o calor do Espírito Santo realiza em nós a evaporação de todos os ‘ismos’ e impurezas. Então seremos o que o Senhor falou.

Agora, sendo “sal da terra”, contemos em nós as suas propriedades. Teremos o novo sabor para os nossos irmãos; seremos conservantes da Palavra de Deus no coração dos homens; reteremos a Água Viva para matar a sede dos que têm sede de Deus; transmitiremos a corrente eletrizada do amor para iluminar o mundo.

Grave em seu coração: Se assim não for, o sal perde a sua finalidade e será “lançado fora, e pisado pelos homens.” É ser... ou ser.

Antonio Luiz Macêdo


domingo, 3 de julho de 2016

“Ai que saudade me dá...”



O salmão é gerado no leito de um rio doce. Dois dos seus primeiros anos de vida são vividos aí. Sua ‘memória instintiva’ é capaz de guardar o rio doce que lhe serviu de berço.

Após esse tempo, precipita-se corredeira abaixo em direção ao mar. Nova morada, novo habitat.

Quando, porém, anuncia-se o período da desova, a saudade fala mais alto. O rio doce povoa os seus ‘sonhos’, e ele volta para desovar. Rema contra a maré, corredeira acima. Pescadores, predadores e a exaustão constituem seus inimigos em potencial. Nada, no entanto, o faz deter-se. Prossegue destemidamente. As novas vidas são mais importantes do que o seu cansaço. A piracema é a única alternativa para sua perpetuação.

As águas mansas e mornas o acolhem. A desova acontece no leito doce do rio doce.

Somos mais ou menos como os salmões. Quando andamos por descaminhos, bate uma saudade de Deus tão grande no peito, que se a gente não volta, ele nos procura, nos encontra e nos faz retornar. Porque somente nele as águas salobras adocicarão, e a vida é capaz de renascer no Rio Doce de sua misericórdia.

Antonio Luiz Macêdo

sábado, 2 de julho de 2016

O joão-de-barro e o girassol



Ele é um pássaro pequeno de cor amarronzada. Exímio oleiro constrói o seu ninho misturando barro, folhas secas e gravetos. Após dezoito dias de idas e vindas, por fim a casa encontra-se construída com  esmero, num galho de árvore, num poste ou na esquadria de uma janela.

O que nos chama a atenção, é que a entrada-saída do seu ninho está sempre voltada para o poente, por cauda dos ventos e da chuva. Isso é prudência!

Ela é uma flor bonita, viçosa, que chega aos 30 cm de diâmetro. Sua ‘profissão’ é acompanhar a trajetória do sol, inebriando-se de luz o dia inteiro. Seus ‘olhos’ estão fixados no brilho que lhe mantém a vida. E quando chega a noite ela dorme, envolvida nos braços da luz que absorveu.

Lições de vida para guardar no coração! Bem que poderíamos ser, pelo menos, um pouco dos dois. Talvez um joão-do-sol ou – quem sabe? – um gira barro. Não importa. O importante é ser.

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A lição do mandacaru



Em meio às provações e privações do dia-a-dia, quantas e quantas vezes sucumbimos abatidos, desanimados, desesperançados de tudo! Parece-nos que o desmoronamento é total.

O tempo da fé e do ardor ardeu no fogo devorador do desconhecido, tornando-se um punhado de cinzas; a alegria corriqueira dissipou-se feito nuvem de fumaça; a paz revelada vela-se, esconde-se dentro de um coração confuso e agitado.

Nos tempos em que o sertão seca, a terra esturrica, o gado morre e o sertanejo ‘arriba’ em busca de uma vida melhor, acontece um milagre. Dentro dessas circunstâncias totalmente adversas, um ‘cactus’ não se atemoriza, não se inquieta, não se deixa abater. Sua resposta, ao contrário, é inusitada, corajosa, firme. Nos tempos de crise ele desabrocha uma flor. Lição de sabedoria para cada um de nós. Principalmente uma lição viva de esperança.

Em tempos e momentos de ‘vacas magras’, aprendamos com o mandacaru a desabrochar apenas uma flor, mas que nela esteja contida a esperança, a fé, o amor, a alegria e, sobretudo, a paz. Por que o ‘mandacaru quando fulora na seca, já é sinal que a chuva chega no sertão’.

Antonio Luiz Macêdo