ENFRENTAR A VIDA - LIVRE E DE PEITO ABERTO - DEVE SER A META DE TODOS NÓS CRISTÃOS. (O Aprendiz)







quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Temperamento destemperado



O que é o temperamento senão a “revelação visível e individual” do que somos através da verbalização de palavras e manifestações concretas de gestos e atos? Deveria ser o tempero de nossa personalidade, mas infelizmente, muitas vezes se torna o destempero, o desequilíbrio.

Pessoas temperamentais apresentam tempero em excesso; as recatadas, no entanto, apresentam déficit daquilo que dá gosto a cada um.

Os extremos são maléficos em todos os sentidos. E o que fazer? Que transformações buscar? Que exercícios realizar?

Toda e qualquer mudança requer tempo e persistência. Requer denodo, luta, renúncia, garra, guerra e firmeza de propósitos. Nunca, porém, o recuo. Quem abandona as armas no campo de batalha não passa de um desertor; e a punição é severa.

São muitos os meios para atingir o reequilíbrio do temperamento, inclusive no campo da psicologia, da psiquiatria e da psicanálise.

Particularmente, indico a ORAÇÃO e a EUCARISTIA DIÁRIAS. A perseverança neste binômio levará você a “transformar espadas em arados, e lanças em colhedeiras”. E quando isso acontecer, o seu temperamento terá o tempero adequado e na medida certa. Experimente e verá.

Antonio Luiz Macêdo

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A travessia do deserto



Quando o deserto se apresenta diante de nós, há somente duas alternativas: fugir a fim de refugiar-se na tristeza de não ter tido coragem, ou enfrentá-lo para colher os frutos doces do desconhecido.

A travessia do deserto reveste-se de solidão; não uma solidão solitária, mas partilhada passo a passo pelo Amor. E aí, descobre-se que nunca se está sozinho.

É a travessia da busca. A busca concreta do maior dos anseios do coração humano. Então, encontra-se a verdade na areia escaldante e no vento que corta a pele do rosto e das mãos.

Uma travessia embebida de silêncio e contemplação, onde se escuta o respiro da alma e os passos da vida que passa sem pressa – caminhante do tempo – na direção do infinito. E aí, tem-se a certeza da Certeza.

Por fim, essa travessia nos conduz à Fonte; e jamais poderemos encontrá-la e nos deixarmos possuir por ela, senão pelos caminhos da dor e do sofrimento - pedagogia incompreensível do Amor Verdadeiro.

Quando a Realidade Maior se deixar sentir através da alegria e da paz contidas no coração, à noite se poderá beber da luz das estrelas e saciar a sede da alma no orvalho das madrugadas. E haveremos de dizer com o Pequeno Príncipe: “O deserto é belo porque esconde um poço em algum lugar”.

Antonio Luiz Macêdo

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Três sementes de inferno


Quando temos o coração ferido não podemos produzir sementes de céu. Como só existem dois tipos de semente, é lógico que passemos a produzir as outras sementes.

A primeira semente de um coração ferido é a palavra perniciosa. Palavra de desânimo, de descrença, de desalento, de desesperança. Palavra que breca qualquer atitude de restauração, e conduz para o segundo tipo de semente.

A murmuração é uma semente daninha de efeitos terríveis. Lastimar-se, queixar-se, desencadeia sentimentos de revolta que vão se amontoando até obstruírem a sua visão. E com a visão interior nublada, rapidinho você estará se envolvendo com o terceiro tipo de semente.

O xingamento é conseqüência do desequilíbrio realizado pelas duas sementes anteriores. Aqui a ofensa e os insultos convertem-se na marca registrada de um coração ferido e magoado.

Essas sementes de inferno constituem a sequência lógica idealizada pelo decaído.

Para que sejam produzidas sementes de céu, é necessário que as feridas do seu coração sejam cuidadas e saradas. É preciso que sejam lavadas pela Confissão, enxugadas pela oração, e cicatrizadas pela Eucaristia.

Quais os tipos de semente de sua preferência? A escolha é sua.

Antonio Luiz Macêdo
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A sede do coração



Há uma sede insaciável sentida somente por Deus, e bem diferente da sede que sentimos. Basta-nos muitas vezes apenas um gole de água. A sede do coração tem dimensões infinitas e eternas.

Jesus expressou o sentimento dessa sede, em duas ocasiões. À mulher samaritana, ele pediu: “Dá-me de beber”. E o relato termina sem que ela tenha dado dessa água a Jesus.

Crucificado, ele exclama: “Tenho sede!” Em vez de água, vinagre.

O que importava para Jesus não era a sede física gerada pela travessia do deserto ou pela perda de sangue na cruz. Infinitamente mais importante era a sede espiritual que o devorava, a sede do coração, a sede de conversão.

Passados dois mil e poucos anos, esta sede não se aplaca, não minora, e o eco de suas palavras chegam aos nossos ouvidos, agora em forma de súplica: “Dá-me de beber! Tenho sede”.

Somente você tem o poder de aliviar a sede de Jesus. Ele que tantas vezes já saciou a sua sede de amor, de perdão, de misericórdia, necessita de você, da água de sua conversão, de sua mudança de vida, da transformação de sua mentalidade.

Dimas – que era ladrão - foi capaz de aliviar a sede do coração de Jesus. E você? A água da conversão tem gosto de salvação.

Antonio Luiz Macêdo
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O cisco

Só de ler o título, aposto que já deu coceira no olho.

Garanto que você está lembrando aquele dia em que se encontrava na praia, de repente um vento muito forte soprou um cisquinho de nada no seu olho. Esfrega de um lado, esfrega de outro, e nada. Alguém se oferece para soprar; outro traz rapidamente um vidro contendo soro fisiológico... Conclusão: quase você perdeu a visão.

A verdade é que o cisco incomoda; e porque incomoda torna-se um sinal para que se busque socorro imediato. Se assim não fosse, por certo as conseqüências seriam desastrosas.

E eu fico aqui pensando: “Como seria bom se existissem ciscos que importunassem outros órgãos!” Assim sendo, sempre se estaria em estado de alerta. Mas eles existem, e estão aí. O orgulho é o cisco da humildade; a avareza é o cisco da generosidade; a luxúria é o cisco da castidade; a inveja, da caridade; a gula, da temperança; a ira, da mansidão; e a preguiça é o cisco da diligência. Todos atacam e incomodam o coração. Portanto, preserve o seu. Não deixe que os ciscos aninhem-se nele. E, se porventura, fizerem ninho, você já sabe como extingui-los.

Antonio Luiz Macêdo
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A lição da formiga



Você já se perguntou por que Deus o criou à sua imagem e semelhança? Não passa pela sua cabeça a menor idéia? Talvez, nunca alguém o tenha dito. Você foi criado para espalhar rastros de Deus pelo mundo.

Rastros são marcas; marcas de alguém que passou por determinado lugar. Marcas também identificam. Poderemos descobrir o dono ou dona dessas marcas. O certo é que você foi criado, você foi criada para deixar marcas de Deus por onde passar.

Uma palavra de consolo, um gesto de amor, um sorriso, um aceno, uma bênção, um aperto de mão, um abraço, um olhar de compaixão... São sinais de Deus.

A formiga é especialista em deixar marcas. Quando sai do formigueiro à procura de alimento, vai marcando a trajetória com um líquido que transborda do seu abdome. Método eficiente e seguro que lhe dá a certeza de não errar o caminho. E o mais interessante é que as outras formigas seguem os rastros da desbravadora. E elas não têm como perder-se ou perder o caminho.

Você é chamado a vivenciar esta lição. Rastros de luz iluminam passos e caminhos que levam ao amor. Deixe que o Espírito Santo acione o “interruptor” do seu coração para que você, marcado pela luz, possa iluminar o mundo e incendiá-lo com sinais, marcas e rastros de Deus.

Antonio Luiz Macêdo
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

As misericórdias de Deus



Deus manifestou-se pela primeira vez como misericórdia, através de palavras, no jardim do Éden: “Porei inimizade entre ti e a Mulher”. Promessa de Salvação.

Manifestou-se pela segunda vez no mais concreto e visível de todos os mistérios: “E o Verbo se fez carne e armou sua tenda no meio de nós”. Promessa de Redenção.

A terceira manifestação deu-se na Ceia Pascal. Deus se encarna, faz-se homem, e fazendo-se homem, torna-se pão. “Isto é o meu corpo...” Alimento de vida eterna. Promessa de Presença Real.

A última das manifestações ocorreu no Calvário, quando do coração rasgado de Jesus jorrou sangue e água. Promessa de misericórdia infinita.

Dia 11 é o dia da festa de Corpus Christi, o Corpo de Cristo, o Corpo de Deus. Todas as vezes é realizada na segunda quinta-feira após a festa de Pentecostes, a festa do Espírito Santo.

Na Eucaristia está o cumprimento das palavras do Senhor: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”.

Portanto, neste dia mais do que em qualquer outro, é dia de alimentar-se de Jesus, o Pão do Céu, o Pão da Vida. Quer saber o que este Pão é capaz de realizar? Clique, leia e reflita muito.

Antonio Luiz Macêdo
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