Conheço uma pessoa que encarnou desde o ventre
materno o Ministério do Acolhimento. A sua atenção para com o próximo me deixa
lisonjeado e reflexivo. Abraço, sorriso, palavras amáveis, são os seus
ingredientes mais utilizados. Alegre, delicada, sempre atenta às necessidades
dos outros, esquece-se de si mesma, para se derramar em misericórdia nos
corações aflitos e angustiados.
Estou em sua escola há trinta e cinco anos, e ainda
não aprendi o seu ensinamento vivencial. Corações de pedra são incapazes de
absorver tais ensinamentos. Mas eu persisto em contemplá-la, porque esse mesmo
coração ainda nutre a esperança de que ‘água mole em pedra dura, tanto bate até
que fura’.
E o mais bonito é que ela não espera que a
procurem, mas se disponibiliza e vai ao encontro de quem está necessitado. A
acepção de pessoas nunca teve guarida em seu coração. É a pequena grande.
Um dia – quem sabe? – eu chego lá. Que o Espírito
Santo me ajude a ser o aluno que Deus quer, e ela sonha. E também eu acolha sem
escolher.
Antonio Luiz Macêdo
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