Aprendemos
na catequese da primeira Eucaristia que “Deus
é um Espírito Perfeitíssimo, criador do céu e da terra”. Ensinaram-nos
também, que “Deus é Onipotente, Onipresente e Onisciente”. Nunca nos falaram, porém, que Deus tem limites.
São limitações necessárias, decorrentes da mais fantástica definição de Deus: “Deus é amor”.
Um
desses limites expressa-se neste versículo: “Sempre sou eu quem deve apagar tuas faltas, e não mais me lembrar de teus pecados”. A memória de Deus é relativa: se nos arrependemos e pedimos
perdão, os pecados são esquecidos para sempre. Deus é um desmemoriado condicional.
Para
sermos imagem e semelhança de Deus,
teríamos que possuir o maior de todos os seus atributos. E possuímos: a
liberdade. Essa liberdade, livre-arbítrio, ou capacidade de sermos livres, é
intocável pelo próprio Senhor. E sendo intocável, é mais um limite de Deus, e
limite absoluto.
Tudo
isso se dá em consequência do Amor.
Portanto, esses limites não conseguem ferir a grandiosidade, a infinitude, a justiça e a misericórdia do Criador.
Louvemos
e glorifiquemos o Senhor que se dignou limitar-se
por nós, porquanto as nossas limitações dependem de sua desmemorização, e o nosso livre-arbítrio é verdadeiramente livre. São
também os limites que o sublimam.
Antonio
Luiz Macêdo
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