Antropológica
e filosoficamente falando, o ser humano foi criado por Deus trazendo gravadas
na alma, duas dependências: sujeição ao Criador, e sujeição à criatura – “não é bom que o homem esteja só”. De
forma simples e concisa isso quer dizer: necessitamos de Deus e das pessoas.
Se
Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – não se basta a si mesmo, que
irracionalidade pensarmos e agirmos como se auto-suficiência nos fizesse
bastar-nos a nós mesmos! Pobres mortais!
Deus
é a nossa necessidade maior. São Paulo nos diz que “nele vivemos, nos movemos e existimos”. Quem somos sem Deus?
O
relacionamento inter-pessoal é causa da segunda necessidade. Não fomos criados
”à imagem e semelhança de Deus” para
vivermos isolados do mundo e dos que nos cercam. Deus é uno e trino, no sentido de despertar em nós a consciência da comunhão recíproca. Sabe por quê? O amor
não sobrevive sem relacionar-se; ou melhor, ele nem existe.
Faz-se
necessário que nos despojemos dessa irracionalidade, e assumamos em nossas
vidas a necessidade de sermos
necessitados, dependentes. Somente assim o Senhor nos “capacitará para toda boa obra”. Alegremo-nos, sabendo que a nossa insuficiência
contém dentro de si a suficiência. E esta nos basta.
Antonio Luiz Macêdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário