São Paulo já no seu tempo fazia uma admoestação
severa aos cristãos: “Não haja entre vós ciúmes, contendas, rixas,
inveja...”, porque ele sabia que tudo isso, e muito mais, constituía
fonte inesgotável de divisões entre
a comunidade. Havendo divisão há uma quebra de unidade e a COMUM-UNIDADE torna-se in-comum.
Atravessamos um momento desses, pela não vivência
das palavras paulinas. Duas pessoas que se respeitam e se amam, desentendem-se
de uma hora para a outra, abrindo uma chaga de mágoa e rancor
que sangra e banha toda a Comunidade. E a Comunidade sofre, os membros sofrem,
a Igreja sofre. Se é verdade (e é), que “o amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta”, este é o tempo do Amor, do Perdão, da Reconciliação para
ambas. Sabe por quê?
Existem duas passagens no Evangelho (João e
Marcos), em que há apenas um tipo de divisão
que soma, multiplica e jamais retira,
desfalca, subtrai: é a divisão da SOLIDARIEDADE.
Solidariedade traduzida em compaixão e misericórdia, que se revestem do Amor
que fortalece, do perdão que renova e da humildade que resplandece, brotados da
fenda do peito de Jesus, e derramados como sangue e água sobre nós.
Por conseguinte, a Solidariedade (e não a dureza de coração) é que há de
restabelecer a Unidade quebrada. E o melhor remédio é o abraço, onde ambas serão contidas.
Antonio Luiz Macêdo
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