Só de ler o título, aposto que já deu coceira no
olho.
Garanto que você está lembrando aquele dia em que
se encontrava na praia, de repente um vento muito forte soprou um cisquinho de
nada no seu olho. Esfrega de um lado, esfrega de outro, e nada. Alguém se
oferece para soprar; outro traz rapidamente um vidro contendo soro
fisiológico... Conclusão: quase você perdeu a visão.
A verdade é que o cisco incomoda; e porque incomoda
torna-se um sinal para que se busque socorro imediato. Se assim não fosse, por
certo as conseqüências seriam desastrosas.
E eu fico aqui pensando: “Como seria bom se
existissem ciscos que importunassem outros órgãos!” Assim sendo, sempre se
estaria em estado de alerta. Mas eles existem, e estão aí. O orgulho é o cisco
da humildade; a avareza é o cisco da generosidade; a luxúria é o cisco da
castidade; a inveja, da caridade; a gula, da temperança; a ira, da mansidão; e
a preguiça é o cisco da diligência. Todos atacam e incomodam o coração.
Portanto, preserve o seu. Não deixe que os ciscos aninhem-se nele. E, se
porventura, fizerem ninho, você já sabe como extingui-los.
Antonio Luiz Macêdo
Imagem Google
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