Uma jovem mãe, grávida de dois meses, chega ao
consultório médico trazendo pela mão o filhinho de cinco anos. Senta-se, olha
fixamente nos olhos do médico, e exclama: “Doutor, vim fazer o aborto. Sou
pobre, não tenho condições de criar o Andrezinho, quanto mais esse outro, ou
essa outra. Sei lá”. “Muito bem” – disse o médico. E continuou. “A senhora quer
o aborto porque não tem condições de criar o Andrezinho? Então é isso mesmo? E
quem está na sua barriga tem culpa de quê?” Ela respondeu: “De nada. Mas eu
quero abortar”. Doutor Carlos retomou: “Se a questão é a falta de condições,
então vamos matar o Andrezinho. É ele a causa de sua falta de condições. A
senhora já fez as contas do “prejuízo” que ele lhe dá com alimentação, roupas,
colégio, medicamentos, brinquedos? Quem
está aí dentro não lhe dá despesa nenhuma. E por que essa pessoinha é que tem
de morrer?”
As palavras do médico tocaram profundamente o
coração daquela mãe. Condoída em suas entranhas e com a face banhada em
lágrimas, põe Andrezinho no colo. Então, olhando dentro dos seus olhinhos
inocentes, diz com a voz entrecortada: “Filho, você vai brincar muito com o
bebê que vai chegar”.
Menos um assassinato, mais uma vida, graças às
palavras de sabedoria de um médico cristão.
Antonio Luiz Macêdo
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